The Best of me (2014)

Já há muito que não via um mau filme do Nicholas Sparks, e aqui está ele. For fucks sake, já não consigo contar pelo dedo das mãos quantos filmes já vi em que o homem morre e o coração ou serve de transplante para a mulher que ama ou para alguém familiar importante para ela. That shit it's too old.

Incrível como tanto na história recente como na antiga não senti ligação entre os actores, talvez porque nenhuma das histórias foi verdadeiramente forte e isso culpo um pouco as actrizes. Acho que temos sempre de alguma forma de simpatizar com os actores e sentir que estamos a compreender a posição deles, e custou-me imenso a desligar o botão: "isto é só um filme" quando as actrizes entravam em cena.

A história não tinha aquele peso sentimental verdadeiramente forte. Confissões de amor vieram ao de cima como se fosse um mero "bom dia", isto é, calculo que quando uma pessoa fica 21 anos sem ver a pessoa que não consegue esquecer, há todo um atrofio e mágoa, uma dor insólita no coração... algo difícil de descrever mas que se apanha no olhar, e aqui foi mais ou menos: "Olá como estás? Estás feliz com a tua vida? Não? Então fica a saber que ainda te amo e que nestes segundos vais trair o teu marido só porque os meses que passamos juntos há 21 anos atrás contam muito mais do que os efectivos 19 anos que tiveste a criar uma família e pela qual passaste por a perda de um filho.".

Acho que o Sparks pensa que desde que morra alguém, a história está safa e cheio de lágrimas e sentimentos. O personagem principal não faleceu afogado, porque pelos vistos o propósito dele era morrer uns dias mais tarde para salvar o filho da antiga amada. Super lindo... só que não. Nunca conseguiu ir para a faculdade porque sem querer matou o primo com um incrível e certeiro head shot (uau) e agora no corpo do seu filho pode finalmente ir à faculdade e ter a vida que deveria ter tido.

Casais que ficaram afastados e voltaram a ficar juntos, cheio de sentimento e paixão e aquilo que mais interessa ver - mágoa, e ainda obra do Sparks, não haverá melhor que "The Notebook". Comparem esse filme cheio de química com este... C'mon.

Até o filme mais recente dele, "The Longest Ride" que também tem duas histórias diferentes, conseguiu em pelo menos uma delas mexer com os nossos corações.

Previsível, desinteressante e repetição de vários filmes do Sparks juntos num só.